Otium artist reception
By Campton Gallery, Nova York
Brazilian painter Marta Penter’s latest series, “Otium,” transports us to the lively beaches of Santa Catarina, on the coast of Brazil, where groups of friends play in the surf and stroll along the sand, solitary beachgoers sink into thought, and people laugh at private jokes while reclining in the sun. The concept of otium, a Latin word that translates as leisure or tranquility, is at odds with the values of our fast-paced, business-oriented world. But to ancient Romans such as Pliny and Seneca, its pursuit was paramount, allowing for real contemplation of beauty, nature, literature and art, and creating a pleasurable, calm state that could expand one’s selfknowledge.
Penter is an artist deeply interested in psychology; in fact, she studied psychology before becoming an artist, a sensibility that remains ever-present in her work. Along with the idea of otium, her new paintings continue to explore human connections, particularly the experience of intimacy. Her complex portraits, painted with an anthropological eye, convey entire personal histories and relationships through subtle expressions of body language. They describe not just moments in time, but slices of life.
Despite her playful interlude with color, Penter’s work remains largely monochromatic, focused on a dynamic realism that weaves through intense detail to blurred views. As in the work of renowned artist Gerhard Richter, who likewise blurs the distinction between painting and photography, Penter’s carefully restricted palette both heightens and suppresses reality.
It is Penter’s ability to engage the viewer in an intimate dialogue that truly sets her apart as an artist. Explaining her preference for large-scale canvases, she cites her desire to fully immerse the viewer into each painting—to not only depict intimacy in a literal sense, but to recreate its energy. As art critic and professor Paula Ramos has written of Penter, “It is the human that touches and instigates her; the human is the essence of her thinking and work.” This deep sense of humanity, this profound celebration of others’ existence, radiates from each of her paintings. Like an antidote to a world of increasingly fast-paced, remote communication, Marta Penter’s “Otium” reminds us of the importance of tranquility, personal connection and empathy.
Otium artist reception
Por Campton Gallery, Nova York
“Otium”, a mais recente série da pintora brasileira Marta Penter, transporta-nos às animadas praias de Santa Catarina, no litoral do Brasil, onde grupos de amigos praticam surfe e passeiam na areia, pessoas solitárias mergulham em seus pensamentos, e outras dão risada enquanto se reclinam sob o sol. O conceito de otium, palavra latina que significa lazer e tranquilidade, diverge dos valores de nosso mundo acelerado e focado no trabalho. Para os antigos romanos, como Plínio e Sêneca, porém, a busca pelo otium era fundamental, permitindo a real contemplação da beleza, natureza, literatura e arte, criando, assim, uma prazerosa sensação de paz, que enriquecia o autoconhecimento. Penter é uma artista profundamente interessada em psicologia; na verdade, ela estudou psicologia antes de tornar-se artista, o que confere extrema sensibilidade a seu trabalho. Juntamente com a ideia de otium, suas novas telas continuam a explorar as relações humanas, particularmente a experiência da intimidade. Seus retratos complexos, pintados com um olhar antropológico, transmitem relacionamentos e histórias pessoais através de sutis expressões da linguagem corporal. Descrevem não somente um momento no tempo, mas fatias de vida.
Apesar de seu lúdico interlúdio com a cor, o trabalho de Marta permanece basicamente monocromático, focado em um realismo dinâmico, que vai do detalhe intenso a visões indistintas. Como no trabalho do renomado artista Gerhard Richter, que obscurece a distinção entre pintura e fotografia, a paleta cuidadosamente restrita de Penter, tanto aumenta quanto esconde a realidade.
O que verdadeiramente distingue Penter como artista, é sua habilidade de engajar o espectador em um diálogo íntimo. Explicando sua preferência por telas de grandes proporções, ela menciona seu desejo de fazer o espectador mergulhar inteiramente em cada quadro – não apenas para retratar a intimidade no sentido literal, mas também para recriar a energia de cada tela. Como escreveu a professora e crítica de arte Paula Ramos sobre Penter, “É o humano que a toca e instiga; o humano é a essência de seu pensamento e de seu trabalho.” Este profundo senso de humanidade, esta profunda celebração da existência do outro, irradia-se de cada um de seus quadros. Como um antídoto a um mundo de comunicação crescentemente acelerada e distante, o “Otium” de Marta Penter relembra-nos a importância da tranquilidade, das relações pessoais e da empatia.